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Jun16
Poesia e Fotografia 262
POESIA E FOTOGRAFIA
POEMAS NOS DIÁRIOS DE MIGUEL TORGA
DESTINO
Sozinho, como um sapo que passeia
Por entre a noite cega que o não vê.
Arredo os reposteiros de silêncio,
E é mais silêncio ainda...
Mas prossigo esta ronda penitente
De sereno dum mundo adormecido...
Guarda dos versos de quem vive ausente
Dos tesoiros que tem no próprio ouvido.
Coimbra, 11 de Maio de 1953